domingo, 17 de outubro de 2010

"Em defesa da APAE"

TEXTO PUBLICADO NO JORNAL DE SANTA CATARINA - 16 E 17 DE OUTUBRO DE 2010

EM DEFESA DA APAE

"Encerrado o debate sucessório estadual, um tema prioritário da agenda política do Vale do Itajaí é a revisão do corte de verbas para a Apae. A redução no repasse de recursos ameaça a continuidade do atendimento em diferentes unidades da região e expõe os usuários do serviço ao risco da falta de assistência sanitária. Em Blumenau, as transferências baixaram de R$ 88 mil para apenas R$ 15 mil por mês, valor insuficiente para a manutenção dos 78 mil atendimentos clínicos prestados a mais de 450 pacientes. Até o momento, o déficit nas contas da associação se situa em torno de R$ 400 mil. As consequências para o futuro da Apae são previsíveis.
A redução no valor dos repasses ocorreu devido a uma nova interpretação do governo do Estado a respeito de uma portaria do Ministério da Saúde sobre a forma de distribuição dos recursos. Simplificando a decisão, o que ocorreu foi o seguinte: antes as verbas vinham diretamente de Brasília para Blumenau, agora as transferências fazem uma escala técnica em Florianópolis. O problema é que lá se decidiu que o dinheiro que antes atendia a 30 Apaes de Santa Catarina agora se reparte entre 98 associações. Em síntese: ao invés de se buscar o incremento dos depósitos, aumentou-se o número de fatias de uma pizza que ficou do mesmo tamanho. Sobrou pra Blumenau, que abriga a maior unidade do Estado e oferece um atendimento que serve de referência para as demais instituições. A equipe multiprofissional oferece serviços de psiquiatria, fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, terapia ocupacional, pedagogia, nutrição e odontologia. Com o corte nos repasses, os serviços serão interrompidos. A pergunta, portanto, é esta: a quem vão recorrer as famílias atendidas pela Apae, se a rede pública de saúde não tem condições de assumir mais esses serviços?
O esvaziamento das atividades da Apae, efetivamente, representa uma sobrecarga à estrutura oficial do Estado, deixando desassistidos os usuários atualmente atendidos pela associação. A entidade não tem capacidade financeira para manter a atual equipe técnica e vê, assim, ruir um projeto que ao longo dos últimos anos estruturou um corpo de especialistas altamente gabaritado em diferentes áreas da saúde mental. Espero que os representantes que a região elegeu para a Assembleia Legislativa se empenhem na revisão das decisões do governo do Estado, sob pena de serem cúmplices de um lastimável retrocesso para a saúde pública no Vale do Itajaí."  (Clóvis Reis)

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,183,3076667,15703

CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE A APAE DE BLUMENAU:

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

HIDROCEFALIA

O que é Hidrocefalia?
Hidrocefalia vem do grego: hidro significa água, céfalo cabeça. Hidrocefalia é um acúmulo anormal de líquido (Líquido Cefalo-Raquidiano, liquor ou LCR) em áreas específicas do cérebro chamadas de ventrículos. O fluído cérebro espinhal é produzido nos ventrículos, circula através do sistema ventricular e é absorvido na corrente sangüínea. O fluído cérebro espinhal está em constante circulação e tem muitas funções importantes. Ele envolve o cérebro e a medula espinhal agindo como uma almofada de proteção contra ferimentos. O fluído cérebro espinhal contém nutrientes e proteínas que são necessárias para a nutrição e funcionamento normal do cérebro. Ele também carrega produtos eliminados dos tecidos adjacentes. Hidrocefalia ocorre quando há um desequilíbrio entre o montante de fluído cérebro espinhal que é produzido e a quantidade que é absorvido. Por aumentar a quantidade de fluído cérebro espinhal, os ventrículos se dilatam e a pressão dentro da cabeça aumenta.


O que causa Hidrocefalia?
Basicamente há dois tipos de hidrocefalia: as congênitas e as adquiridas. “Nas congênitas (presente no nascimento), a dilatação das cavidades já está presente ao nascimento e ocorre por má-formação da medula espinhal, obstrução dos canais onde circulam o líquor, entre outros fatores genéticos ou ambientais – esse último, ainda sem grandes comprovações científicas. No caso das hidrocefalias adquiridas as principais causas são traumas, tumores, Espinha Bífida,cistos. meningites e hemorragias do encéfalo, e podem acontecer em qualquer faixa etária”. A hidrocefalia atinge, no mundo, cerca de uma em cada 500 crianças nascidas.

Como a Hidrocefalia é tratada?
Não há modo conhecido para prevenir ou curar Hidrocefalia. Atualmente, o tratamento mais eficaz é a inserção cirúrgica de uma válvula. Um catéter, que é um tubo flexível colocado no sistema ventricular do cérebro, direciona o fluxo de fluído cérebro espinhal para outra parte do corpo, normalmente a cavidade abdominal ou uma câmara do coração, onde ele é absorvido.
tratamento para a hidrocefalia é medicamentoso podendo muitas vezes ser cirúrgico, o qual tem obtido resultados significativos com o uso de Derivação Ventrículo-Peritoneal (DVP ou válvula) com o objetivo de drenar o LCR em excesso nos ventrículos para outras cavidades corporais anulando a pressão causada pelo aumento ventricular. A válvula conjugada ao catéter mantém o fluído cérebro espinhal numa pressão normal dentro dos ventrículos. Este procedimento é executado por um neurocirurgião.
Embora também possa ser feita drenando o líquor para o átrio direito ou através de terceiro ventriculo, a forma mais utilizada é a derivação ventrículo-peritoneal (cavidade do abdomen) . Foram encontradas significantes diminuições na mortalidade e da morbidade em crianças hidrocéfalas após a introdução da válvula.
Podem ocorrer defeitos ou mesmo infecção na válvula por isso os familiares devem ser avisados e estarem atentos a possíveis problemas ocasionados pelas válvulas para que o quanto antes se tomem as devidas providências.
A Fisioterapia neuropediátrica tem obtido sucesso na reabilitação, dentro das capacidades de cada paciente, na hidrocefalia com objetivo de ganhar controle de cabeça e tronco, de membros superiores e nas atividades de vida diária (AVD) bem como na prevenção de contratura, problemas respiratórios e complicações que possam vir da própŕia doença.

Quais os efeitos da Hidrocefalia?
Desde o advento da válvula, cerca de vinte e cinco anos atrás, o prognóstico para a maioria das crianças com Hidrocefalia é otimista. Algumas crianças com Hidrocefalia terão inteligência abaixo do normal, incapacidade física e uma variedade de outros problemas médicos. Defeitos na válvula e infecções, atraso no desenvolvimento, incapacidade de aprendizado e problemas visuais não são incomuns. Os familiares precisam estar prevenidos das complexidades da Hidrocefalia ao longo da vida para assegurar que suas crianças recebam amplos cuidados e serviços de intervenção e terapia apropriados.

Fonte:
http://fgbezerra.sites.uol.com.br/hidro.htm#Causa
http://www.copacabanarunners.net/hidrocefalia.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrocefalia