sábado, 5 de fevereiro de 2011

Meu (minha) filho(a) não engatinha ou não engatinhou... Tem algo de errado nisso?

Esse é um questionamento que já me foi feito diversas oportuni-dades, e é algo que ocorre rotineiramente.


Lógico que, para os pais, qualquer sinal de anormalidade no desenvolvimento de seus filhos é preocupante...Mas não há motivo para pânico!


Desejo hoje, abordar alguns tópicos importantes, referentes a esse assunto!


De modo geral, as crianças desenvolvem várias maneiras de se locomover, antes de andar. Se o bebê senta, segura objetos e se comunica, não há com que se preocupar. Mas mesmo assim, é importante que o pediatra seja comunicado quando qualquer sinal de anormalidade seja observado, pois algumas deficiências neuromuscula-res e motoras podem ser detectadas nessa fase.


Os bebês podem ser estimulados, desde cedo, aproximadamente aos quatro meses, em cima de superfícies firmes, de diferentes texturas, e ao mesmo tempo confortáveis como acolchoados, para que possam virar-se, mover-se, ficar de bruços.


Essa estimulação é tão importante que pode ajudar a criança na hora de aprender a falar, escrever, enfim estar com sua estrutura neurológica preparada para funções superiores. É interessante proporcionar estas oportunidades para que o bebê movimente-se dessa maneira, mesmo que ele já esteja começando a andar.


Mas não basta simplesmente colocar a criança no piso. Ela precisa ter algum estímulo, como tentar buscar algum brinquedo próximo. Toda exploração é importante para o seu desenvolvimento motor. A maturação do sistema nervoso não se deve apenas pela maneira com a qual a criança explora o ambiente, mas também pelas respostas que o ambiente fornece a criança quando ela está explorando.


Do ponto de vista neurológico o fato da criança deixar de engatinhar e já sair andando não é um problema, desde que a criança  esteja se desenvolvendo bem. Normalmente, as crianças devem vivenciar todas  todas as etapas do desenvolvimento neuropsicomotor, mas se acontecer da criança "pular" a fase do engatinhar, não existe motivos para ficar apreensivo! Como mencionado anteriormente, dentro de todo o universo de atividades motoras da criança, se ela continuar a apresentar uma evolução dentro do normal, não devemos nos preocupar. Mas se a criança apresentar alguns comportamentos ou atividades motoras atípicas ou inadequadas, procure o pediatra ou um profissional adequado.


“O engatinhar não é um marco no desenvolvimento. O importante é andar”, diz Albert Bousso, pediatra do Hospital Albert Einstein.


É esperado que a criança ande até os 18 meses. Se depois disso ela ainda não andar, é melhor procurar a ajuda de um profissional para verificar se não há algum problema atrasando seu desenvolvimento.

Os adultos insistem em ajudar a criança oferecendo andado-res. Esse tipo de equipamento deve ser evitado porque faz a criança andar nas pontas dos pés, pode provocar acidentes, faz com que a criança não estimule a musculatura adequada para mantê-la em pé, além de interferir no refinamento das reações de equilíbrio e proteção em caso de queda, que são reações que o organismo aprende natu-ralmente com o decorrer do desenvolvimento normal.

                       
       ALGUMAS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR
Neste link (http://www.estimulando.com.br/desenvolvimento.htm) segue uma descrição das principais etapas do desenvolvimento neuropsicomotor da criança. Mas desde já, deixo bem claro que as etapas do desenvolvimento da criança não devem ser encaradas como regras, mas sim como norteadores!

Fonte:
http://www.escolasoleil.com.br/188.htm
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI5620-15105,00.html
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI9754-15162,00.htm
http://veja.abril.com.br/especiais/bebes/p_032.html